O cancro de mama, o segundo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, depois do cancro de pele, já ultrapassou em prevalência o cancro do pulmão. Ele ocorre quando as células do tecido da mama crescem fora de controlo.
Detetar o cancro de mama precocemente é fundamental, porque nesta fase é mais fácil de tratar, aumentando a sua taxa de cura.
O cancro de mama afeta 1 em cada 8 mulheres e, como consequência, existem muitas famílias cujas vidas são abaladas para sempre porque a esposa, mãe, tia, sobrinha, avó, irmã, cunhada, ou sogra, têm cancro da mama. Apesar de mais raro (cerca de 1%), os homens também podem ser diagnosticados com esta doença.
Com aumento da esperança de vida, a incidência desta doença continua a aumentar, sendo que mais de metade são diagnosticados após os 50 anos, um quarto antes dos 50 e apenas 5% antes dos 35 anos.
Os fatores de risco mais importantes, para esta doença incluem: a predisposição genética, a exposição a estrogénios [endógenos e exógenos, incluindo terapia de reposição hormonal de longa duração (TRH)], a radiação ionizante, a baixa paridade, alta densidade mamária e uma história prévia de hiperplasia atípica.
A dieta ao estilo ocidental (tão diferente da nossa dieta mediterrânica), a obesidade e o consumo de álcool e tabaco, também contribuem para o aumento da incidência de cancro de mama.
Sendo um órgão situado no exterior do nosso corpo, pode ser eficazmente vigiado pela própria pessoa. Alguns dos sinais e sintomas de alerta do cancro de mama são:
– Novo nódulo que aparece na mama ou axila;
– Espessamento ou inchaço de parte da mama;
– Irritação ou ondulações da pele da mama;
– Vermelhidão ou pele escamosa na área do mamilo ou na mama;
– Sensação de repuxar ou mesmo retração visível do mamilo;
– Descarga do mamilo que não seja o leite materno, incluindo sangue;
– Qualquer alteração no tamanho ou na forma da mama;
– Dor na mama ou axila;
Apesar desses sintomas poderem acontecer por outras doenças (que não o cancro da mama), devem sempre ser um alerta para a mulher. A conduta certa, se notar algum desses sintomas, é procurar o seu Médico Assistente imediatamente.
A vigilância, mesmo sem sintomas, é importante para qualquer mulher entre os 45 e os 74 anos, com mamografia bi-anual. Todavia, se houver história familiar, esta vigilância deverá ser anual e começar 5 anos antes da idade do familiar mais novo com a doença, devendo incluir também a ecografia da mama.
Precisamos vencer a luta contra o Cancro da Mama…. A deteção precoce é a chave!